OS PLANOS DA VIDA E EVOLUÇÃO DOS ESPÍRITOS

 





O que são Planos de Vida? Em qual dimensão da escala evolutiva vivemos atualmente? Qual o objetivo a alcançar? São muitas as dúvidas que um médium umbandista depara-se ao estudar as Linhas de Umbanda e as entidades que se manifestam no terreiro. Neste artigo falarei, em linhas gerais, sobre a criação, a evolução do espírito e alguns conceitos que nos ajudarão a entender assuntos mais específicos sobre a passagem na qual vivemos.

Ao se deparar com o ser humano de hoje, podemos observar apenas um estágio de sua evolução. Contudo, devemos nos lembrar que esse mesmo ser já comportou estágios anteriores essenciais para sua construção atual. Tais estágios  são chamados de “Planos de Vida” e cada um deles é formado por dimensões. O processo evolutivo compõe-se de 7 planos da vida, assim apresentados: Fatoral, Essencial, Dual, Elemental, Encantado, Natural e Celestial. Veja a figura.

No primeiro Plano de Vida – Fatoral – tem-se a dimensão onde os espíritos gerados por Deus se manifestam e percorrem uma longa viagem evolutiva: desde a sua criação, como uma centelha divina, até a sua plena evolução, na chegada ao Plano Celestial. Assim, nossa origem é Deus, saindo de Deus e voltando para Deus. Na origem, o espírito é criado puro como uma centelha, ainda como um ser inconsciente, um embrião que vai tomando forma a cada plano de vida, no sentido de evoluir, crescer e aprender, amparado em cada plano por mãe e pai orixás.

Dessa forma, nós não éramos humanos quando fomos gerados em Deus, éramos apenas uma centelha inconsciente, um espírito tomando forma. Aos poucos vamos nos tornando seres com instinto, depois surge uma semiconsciência até, por fim,  nascer uma consciência, nossos mentais, nosso corpo e nosso ser espiritual. Vários reinos são habitados em diferentes realidades até chegar no ponto em que estamos agora, o “Plano Natural”.

A dimensão a qual vivemos hoje, a humana, está assentada no 6º Plano de Vida – o Plano Natural. É apenas uma entre as 77 dimensões existentes neste Plano. Observe a figura a qual apresenta uma linha vertical graduada com níveis ascendentes de evolução da dimensão humana. O ponto central é o nível zero, acima tem-se 7 níveis positivos, de acessão, de crescimento espiritual, de luz; e abaixo tem-se 7 níveis negativos, de relaxamento, de trevas. No nível zero temos o chamado ciclo encarnacionista, no qual ocorreu a nossa primeira encarnação, recém chegados do plano anterior, o 5º Plano - Encantado. O ciclo encarnacionista só existe na dimensão humana, uma vez que nas outras dimensões os espíritos amadurecem sem a necessidade de reencarnar. Assim, o ser humano permanece no nível zero por milhares de anos, retornando ao corpo físico até alcançar todos os graus de evolução moral e intelectual, expiar e sofrer todas as vicissitudes da existência carnal a fim de tornar-se um espírito puro, livre das paixões da alma. O número de reencarnações depende do estado evolutivo em que se encontra o Espírito. Uns evoluem mais rapidamente pois se esforçaram mais e portanto passam um menor número de vezes na carne, outros são mais lentos e permanecem mais tempo no mundo de sofrimentos.

A partir do primeiro nível positivo interrompe-se o ciclo encarnatório e os espíritos acendem ao primeiro nível de luz, onde não se tem a necessidade de reencarnar. Mas o crescimento evolutivo não para aí, os espíritos humanos continuam a evoluir no astral. Apesar disso, alguns espíritos ingressam para trabalhar a serviço de legiões do astral com objetivo de atuar no nível físico e ajudar os irmãos encarnados na escala evolutiva.    

Esses trabalhadores do astral são espíritos de luz que podem assumir compromissos de atuarem como guias espirituais em, por exemplo, centros de Umbanda. Essas entidades estão no nível evolutivo 1, 2 e 3 e se manifestam através de seus médiuns para se colocarem a serviço da caridade de forma a prestar aconselhamentos, proteção e cura para aqueles irmãos consulentes necessitados. A partir do nível 3 as entidades de luz deixam de atuar de forma ativa e passam a atuar de forma passiva, isso é, não incorporam mais em seus médiuns, mas coordenam do astral as legiões, falanges e grupamentos de entidades a serviço da Lei Maior.

Para saber com mais profundidade os assuntos abordados, consulte as bibliografias que recomendo, a seguir.

 

Bibliografia

Alexandre Cumino. Umbanda EAD - Teologia da Umbanda. 2016.

Rubens Saraceni. Doutrina e Teologia de Umbanda Sagrada. Madras. 2015.

 

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